sexta-feira, 7 de março de 2014

Resenha: Toda Poesia


Autor: Paulo Leminski Edição: 1 Editora: Companhia das Letras Ano: 2013 Páginas: 424
Sinopse: Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes onstruções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada “geração mimeógrafo”. Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia - do Ocidente e do Oriente -, por outro parecia comprazer-se em mostrar um “à vontade” que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores. Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos. Entre sua estreia na poesia, em 1976, e sua morte, em 1989, a poucos meses de completar 45 anos, Leminski iria ocupar uma zona fronteiriça única na poesia contemporânea brasileira, pela qual transitariam, de forma legítima ou como contrabando, o erudito e o pop, o ultraconcentrado e a matéria mais prosaica. Não à toa, um dos títulos mais felizes de sua bibliografia é Caprichos & relaxos: uma fórmula e um programa poético encapsulados com maestria. Este volume percorre, pela primeira vez, a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia. Livros hoje clássicos como Distraídos venceremos e La vie en close, além de raridades como Quarenta clics em Curitiba e versos já fora de catálogo estão agora novamente à disposição dos leitores, com inédito apuro editorial. O haikai, a poesia concreta, o poema-piada oswaldiano, o slogan e a canção - nada parece ter escapado ao “samurai malandro”, que demonstra, com beleza e vigor, por que tem sido um dos poetas brasileiros mais lidos e celebrados das últimas décadas. Com apresentação da poeta (e sua companheira por duas décadas) Alice Ruiz S, posfácio do crítico e compositor José Miguel Wisnik, e um apêndice que reúne textos de, entre outros, Caetano Veloso, Haroldo de Campos e Leyla Perrone-Moisés, Toda poesia é uma verdadeira aventura - para a inteligência e a sensibilidade.

Resenha: 

Paulo Leminski.

Esse é o primeiro livro de poesia que leio, e o que me chamou a atenção, além da  acapa laranja, foi em figurar a lista dos mais vendidos da Veja. O livro é uma coletânea de livros de poesias de Leminki, o povo brasileiro me surpreendeu!

O livro é bem trabalhado e fica claro o jeito peculiar de Paulo em escrever suas poesias, breves, claras e contendo alusões e comparação sobre a natureza ou sobre sua musa inspiradora, a sociedade e o cotidiano...grandes fatos são descritos por ele.

Eu, honestamente, não sou grande fã de poesia e poema. Esse foi um livro atípico, que me chamou a atenção logo quando foi anunciado no facebook da Companhia das Letras. Gostei do livro, mas não a ponto de marcar 5 estrelas e favorito no skoob. Por uma primeira leitura, deu pra curtir e pesquisar para ler mais poesias.

Um comentário:

  1. Paulo Leminski acabou se tornando um poeta popular, por isso entrou na lista de best-sellers. Só que não de uma forma negativa, o que ele fez foi manter o rigor da poesia, só que de um jeito brincalhão e transgressor até certo ponto. Acabou agradando aos que não gostam ou não conhecem poesia (você e mais tantos outros que compraram esse livro, por exemplo), quanto os que amam. O interessante é que ele não é mais ou menos talentoso que seus contemporâneos (Chacal, Torquato Neto, Roberto Piva - esses dois últimos também tiveram suas obras completas republicadas, só que longe das listas de mais vendidos), mas conseguiu mesmo assim se manter conhecido, enquanto os outros caíram no esquecimento. Foi isso, ou o marketing da Companhia das Letras, que também foi forte. De qualquer forma, Leminski merece.

    delirandoeescrevendo.blogspot.com.br

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