Autor: José de Alencar Edição: 1 Editora: Saraiva de Bolso Ano: 2011 Páginas: 200
Sinopse: A virgem tabajara Iracema apaixonou-se por Martim, um colonizador português. Entre guerras e conflitos, ciúmes e disputa de poder, a história desse amor proibido tem como pano de fundo a cultura indígena, com seus deuses e mitos, a miscigenação do branco com o índio e o surgimento de um novo país numa terra fértil.
Resenha:
Iracema, as virgens dos lábios de mel, é um dos personagens iconoclastas das obras de Alencar, e para descrever certos personagens e deixa-los na memória do povo ele entende muito bem.
Iracema ou de ordenar as sílabas America, é o segundo livro indianista que leio desse autor. Uma das obras mais importantes da literatura brasileira e que quando foi lançado causou muito burburinho na época em que foi lançado.
Iracema conta a história de amor entre ela (índia) e Martins (português), amigo da tribo inimiga da de Iracema. E essa história começa com Iracema atingindo-o com uma flecha, onde é levado para a cabana do pajé da índia. Nesta cabana ocorre os primeiros atos de uma paixão e da consequência que essa paixão levará para a vida do casal.
O livro é lindo, marcante como outros livros do escritor. Com uma quantidade enorme de comparações ultrarromânticas e narrativas bem poéticas...José de Alencar sabe o que está escrevendo e mergulha o leitor nos costumes e na linguagem indígena. Existindo um final lindo, que adorei diga-se de passagem.
Um ressalva para a edição da Saraiva de Bolso, que tem uma linda introdução de Machado de Assis sobre a obra e uma biografia primorosa e nada cansativa de M. Cavalcante Proença. Iracema e Martins vai ficar na minha memória como Peri e Ceci ou Lucíola e Paulo...e cada obra que lerei de Alencar fico mais encantado com sua inteligência e sua forma singular de escrever.
Iracema é um grande clássico e um bom livro.